Lei que está completando cinco anos trouxe grande expectativa de crescimento para o Setor
Após cinco anos de marco legal do saneamento, a cadeia de fornecedores do setor comemora bons resultados e perspectivas de expansão de negócios nos próximos anos.
Segundo a Lei 14.026/20, aprovada em 2020, o Brasil precisa atingir até 2033 índices equivalentes à universalização em atendimento de água tratada (99% da população) e esgotamento sanitário (90% da população com esgoto tratado). Para tanto, de acordo com estimativa da ABCON SINDCON, entidade que reúne operadoras privadas de saneamento, será necessário investir cerca de R$ 900 bilhões.
Os primeiros reflexos da lei já foram sentidos, inclusive possibilitando comparar os investimentos feitos pelos “players” públicos e privados; numa saudável disputa pelo posto de maior investidor no segmento. Conforme dados oficiais do SNIS, Sistema Nacional de Informação em Saneamento Básico, em 2023 o país atingiu um investimento recorde de mais de R$ 29 bilhões em água e esgoto.
Este montante já representou acréscimo de 50% sobre os valores médios investidos nos dez anos imediatamente anteriores. A expansão desses investimentos implicou mudanças em importantes áreas geradoras de emprego, como a construção civil.
Na Telar Engenharia, construtora sediada em São Paulo com expertise de mais de 50 anos em obras de saneamento, o cenário atual exigiu adaptações no modelo de negócio, e os resultados já estão sendo notados. Houve nestes últimos três anos uma expansão no conjunto de clientes com a perspectiva de novos contratos em várias regiões do Brasil e até em outros países da América do Sul.
O atual portfólio da Telar é robusto e abrange R$ 1,98 bi em contratos, sendo a quarta parte diretamente relacionada a obras de saneamento básico.
Para o fim de 2025, a expectativa da empresa é ampliar essa carteira em mais R$ 300 milhões, consolidando sua posição no setor.
“O Marco Legal do Saneamento evidenciou a necessidade de o país ampliar os investimentos no segmento, principalmente em coleta e tratamento de esgoto, que apresenta índices de atendimento ainda vexatórios. A lei trouxe metas audaciosas e o saneamento passou a ser uma área de destaque na atração de novos investimentos em infraestrutura”, avalia o engenheiro Marco Botter, CEO da Telar. “A sólida experiência das construtoras brasileiras será um diferencial na contribuição do nosso setor para levar saneamento para todos”, conclui o executivo.